Uma luz no fim do túnel parece surgir para o setor aéreo global. Pelo menos é o que prevê a Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata), ao divulgar uma previsão de lucro de 8,9 bilhões de dólares para o setor em 2010. A previsão anterior era de 2,5 bilhões de dólares.
Segundo a Iata, em 2010, a demanda por viagens aéreas deverá apresentar crescimento de 11% neste ano, ante a previsão anterior de alta de 10,2%. Já a capacidade de ocupação deverá aumentar 7%, na comparação com os 5,4% previstos originalmente. A associação prevê ainda que a receita subirá para 560 bilhões de dólares, dos 545 bilhões de dólares previstos inicialmente. A projeção é levemente menor que a receita de 564 bilhões de dólares alcançada em 2008, quando o ciclo econômico anterior atingiu seu pico.
O quadro se torna ainda mais otimista quando comparado às estimativas da Iata de 2009, que previam um prejuízo de 10 bilhões de dólares para as empresas aéreas ao redor do mundo. "A recuperação da indústria foi mais forte e mais rápida do que qualquer um previu", disse o diretor-executivo da Iata, Giovanni Bisignani, a jornalistas em Cingapura. "Mas eu diria que não é hora de uma grande comemoração". Bisignani afirmou que, apesar da forte recuperação observada neste ano, "uma revisão da realidade está a caminho".
A recuperação efetiva da indústria está atrelada às novas entregas de aeronaves que deverão ocorrer ao longo de 2011. De acordo com a Iata, o aumento da capacidade dos vôos acarretará um aumento de oferta, o que poderá causar redução nos preços das tarifas – já que as empresas se esforçam para manter suas taxas de ocupação inalteradas. A notícia é boa para os consumidores, mas nem tanto para as companhias aéreas. Tarifas menores devem resultar em um crescimento mais lento. A estimativa da Iata é de que o lucro total das empresas caia para 5,3 bilhões de dólares em 2011.
Em 2010, as empresas da região Ásia-Pacífico se destacam devido ao aumento do transporte de cargas (puxado pela China). O lucro previsto para a região é de cerca de cerca de 5,2 bilhões de dólares.
O setor de aviação esteve entre os mais duramente atingidos pela crise financeira mundial em 2008 e 2009. Mesmo as mais lucrativas companhias entraram no vermelho, afetadas pela queda significativa de seus negócios e da demanda por viagens de lazer.
(Fonte e foto : Veja.com)
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