sexta-feira, 7 de maio de 2010

SUBCOMISSÃO DA COPA ADVERTE PARA ATRASO EM OBRAS NOS AEROPORTOS


O presidente da subcomissão permanente que fiscaliza os recursos públicos federais destinados à Copa do Mundo de 2014, deputado Sílvio Torres (PSDB-SP), contestou nesta quinta-feira (6) os dados apresentados pela Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). O deputado advertiu para a possibilidade de a estatal não conseguir cumprir o cronograma que prevê o fim das obras até 2013.
"Boa parte das obras nos aeroportos fazem parte do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e estão atrasadas. Como podemos ficar tranquilos e esperar que elas fiquem prontas a tempo?", questionou Torres, em audiência pública da Comissão de Fiscalização Financeira e Controle que debateu nesta manhã o atraso nas obras de preparação para a Copa do Mundo no Brasil.
O superintendente de Estudos e Projetos da Infraero, Jonas Maurício Lopes, afirmou que os R$ 5,34 bilhões em investimentos previstos para os 16 aeroportos das 12 cidades-sede da copa, que respondem por 83% do tráfego aéreo do Brasil, serão aplicados a tempo.

Demanda de passageiros

Entretanto, ele destacou que o planejamento das ações da empresa não é baseado em eventos, como a Copa ou as Olimpíadas, e sim no aumento da demanda de passageiros nos aeroportos. Dados apresentados na audiência mostram um crescimento de 11,6% no número de passageiros em aeroportos brasileiros entre janeiro e novembro de 2009, em comparação aos mesmos meses de 2008.
Lopes explicou também que, no caso de eventos, poderão ser utilizadas estruturas provisórias, a exemplo do que ocorre em países como Alemanha e África do Sul, como solução temporária para diminuir o gargalo de alguns aeroportos. "Garantiremos um aumento de capacidade com nível de conforto adequado nos aeroportos em que há estrangulamento de infraestrutura", disse o superintendente.
O deputado Sílvio Torres, no entanto, disse que as afirmações da Infraero não batem com a análise da Fifa, confirmadas pelo ministro dos Esportes, Orlando Silva, e pelo presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira. "Continua havendo a dúvida. Podemos deduzir que a Fifa está rigorosa demais", comentou.

Segurança pública

O deputado Felipe Bornier (PHS-RJ) questionou como o governo fará para manter, após o evento, a estrutura de segurança prevista para a Copa. "Eu que sou do Rio de Janeiro estou muito preocupado com o legado, ficou muito pouco de segurança pública dos Jogos Panamericanos", afirmou o parlamentar.
O coordenador do Grupo de Trabalho da Copa de 2014 no Ministério da Justiça, Henrique José Borre, afirmou que o pós-evento será uma preocupação nas discussões da segurança pública. "Precisamos criar um produto que mantenha a segurança ao longo do tempo, esse é o verdadeiro legado", afirmou.
Ele comentou que, para fazer um trabalho coordenado, representantes de instituições de segurança pública dos 12 estados anfitriões da Copa se reunirão na próxima semana para discutir o plano estratégico do governo federal para a Copa.

(Fonte : Ag. Câmara de Noticias)

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