sexta-feira, 26 de março de 2010

TURISMO TERÁ R$ 200 MILHÕES DO FAT

Recursos serão utilizados para financiamento de capital de giro de micro e pequenas empresas do setor de bares e restaurantes cadastradas junto ao Ministério do Turismo
As micro e pequenas empresas do setor de bares e restaurantes cadastradas no Ministério do Turismo (MTur) terão R$ 200 milhões do Fundo do Amparo ao Trabalhador (FAT) para financiamento de capital de giro. O recurso foi autorizado, nesta quinta-feira (25/03), em Brasília (DF), durante reunião ordinária do Conselho Deliberativo do FAT (CODEFAT). O recurso integrará a linha FAT Giro Setorial Turismo, que já beneficiou, em seis meses de operação, 328 empresas do setor com R$ 65,7 milhões.
“Nos próximos anos, viveremos a década de ouro do turismo brasileiro com a realização da Copa do Mundo e das Olimpíadas. As oportunidades e responsabilidades são extraordinárias. Os desafios também são grandes. Precisamos dar condições ao empresariado para aumentar a competitividade e a qualidade do turismo brasileiro. A oferta de recursos do FAT é essencial para isso”, destacou o secretário-executivo do MTur, Mário Moysés, durante a reunião.Moysés ressaltou também a importância da oferta de crédito pelo governo federal para a superação da crise financeira internacional e seu impacto positivo na geração de empregos nos primeiros meses do ano.

FAT / GIRO SETORIAL TURISMO

Os recursos do FAT Giro Setorial Turismo, ao propiciar capital de giro isolado, possibilitarão a renovação dos equipamentos e das instalações dos estabelecimentos, a melhoria da capacidade gerencial, bem como ações de capacitação profissional e qualificação de mão-de-obra. Hoje, o setor de bares e restaurantes é caracterizado pela dificuldade de giro, uma vez que 80% dos pagamentos são realizados com cartões de créditos e os proprietários recebem depois de cerca de 40 dias.
Para ter acesso ao crédito, as empresas precisam estar cadastradas no sistema de cadastro de prestadores de serviços turísticos do MTur, o Cadastur (www.cadastur.turismo.gov.br); fazer parte do setor de restaurantes ou ser estabelecimento de serviço de alimentação e bebidas enquadrado na Classificação Nacional de Atividade Econômica (CNAE 2.0, Classe 5611-02).
A expectativa é que, nos próximos meses, o detalhamento das normas operacionais da nova etapa da linha – prazos, juros e tetos financiáveis – seja apresentado por instituição financeira oficial federal e aprovado pelo CODEFAT.Durante a reunião foi apresentado, ainda, vídeo com balanço e depoimentos da primeira etapa do FAT Giro Setorial Turismo, lançado ano passado. Na ocasião, o ministro do Trabalho e Emprego, Carlos Lupi, elogiou a iniciativa e o resultado do emprego dos recursos do FAT. “Temos a chance de mostrar à população onde o seu dinheiro está sendo investido”, enfatizou.

QUEM JÁ UTILIZOU A LINHA, CONTA AS VANTAGENS

Para o gerente da Casa Valduga, Daniel Balestrin, em Bento Gonçalves (RS), empresa beneficiada na primeira etapa de operação da linha, o prazo do financiamento foi um grande atrativo. “O prazo significativo permitiu diluir o valor do financiamento para que a empresa pudesse conseguir retorno”, ressaltou o gerente.
Os recursos repassados para a Casa Valduga foram utilizados para ampliação da área de turismo do empreendimento com construção de pousadas e restaurante. “Para atender à nova demanda com padrão e bom atendimento, aumentamos em 30% o números de colaboradores”, explica Balestrin.
Já o proprietário do Hotel LM, Carlos Sampaio Junior, em Santo Estevão (BA), conta que a taxa de juros diferenciada possibilitou a compra à vista de material para a obra. E ainda acelerou a reforma. Inicialmente prevista para durar cinco meses, terminou em dois meses e meio.

(Fonte : Ministério do Turismo)

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