terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

TREM RESPONDE POR APENAS 13% DO TRANSPORTE

A alteração do regime de concessão ferroviária no país faz parte do esforço do governo federal para acelerar uma mudança na matriz de transportes no Brasil, hoje de predominância rodoviária. O PNLT (Plano Nacional de Logística e Transporte) quer dobrar essa participação das ferrovias na matriz de transporte até 2025. Hoje, a ferrovia responde por apenas 13% do transporte do país.
A tentativa do governo é resolver um problema considerado crônico no setor ferroviário brasileiro: a subutilização da malha disponível. As atuais concessionárias negam a subutilização e afirmam que o país é o sétimo em produtividade ferroviária no mundo.
A preocupação neste momento das três partes envolvidas na discussão é a de costurar um modelo de concessão que segregue construção, manutenção e controle da operação sem que isso represente um domínio do consórcio detentor da malha férrea.
"É isso o que se está discutindo agora, e a ideia é talvez ter um preço básico que pode ser reduzido a partir dos volumes negociados pelos operadores", disse o superintendente de serviços de transporte da ANTT, Noboru Ofugi.
Após a conclusão dos estudos, o assunto subirá escalas dentro do governo e será enviado à Casa Civil. A alteração da modelagem, segundo o superintendente da ANTT, será avaliada pelo Conit (Conselho Nacional de Integração de Políticas de Transporte) e por fim pelo CND (Conselho Nacional de Desestatização), que poderá aprovar as novas regras.

CINCO GRUPOS DOMINAM O SETOR FERROVIÁRIO NO BRASIL

O Brasil tem atualmente 11 concessões ferroviárias administradas por grupos privados. A malha total soma 29 mil quilômetros e é controlada hoje por cinco grandes grupos: Vale, ALL Logística, MRS, Ferrovia Tereza Cristina (com a concessão da ferrovia do carvão em Santa Catarina) e Ferrovia Transnordestina (controlada pela Companhia Siderúrgia Nacional). Os principais produtos transportados pelas ferrovias do país são minério, soja e combustível.

(Fonte : Jornal Folha de S. Paulo / Ed. Dinheiro / 09-02-10)

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