O
acordo de “céus abertos” também é apoiado por várias outras companhias – com
exceções, como a Azul – e por entidades de classe. Foi assinado em 2011 pelos
presidentes da época, Dilma Rousseff e Barack Obama. Já passou por Casa Civil e
Ministério de Relações Exteriores, mas espera apreciação pela Câmara há um ano.
Embora já tenha passado por várias comissões especiais, a mudança depende ainda
da ratificação nos plenários da Câmara e do Senado para entrar em vigor.
A
ideia do Movimento Céus Abertos, agora, é tentar deixar mais claros os
benefícios à economia que a concretização do acordo pode trazer. “Tentamos
mudar a maneira como estamos atacando o tema, porque ele já está na mesa há
vários anos”, disse ao o presidente da Latam Brasil, Jerome Cadier. O executivo
admite, porém, que a proximidade das eleições e a agenda de reformas podem ser
um empecilho para que o tema seja apreciado no curto prazo pelo Congresso.
As
empresas já se movimentam visando a decisão favorável do Congresso. Latam
Brasil e American Airlines firmaram no ano passado um acordo de operação
conjunta rotas entre Brasil e EUA. Entretanto, por causa de uma determinação do
governo americano, a parceria depende da ratificação das novas regras no Brasil
para poder entrar plenamente em vigor.
O
argumento das aéreas é que a redução das amarras para o setor aumentaria o
comércio entre os países e poderia também reduzir o valor cobrado pelas
passagens nos trechos entre o Brasil e os EUA, e vice-versa.
A
Associação Internacional de Transporte Aéreo (Iata, na sigla em inglês) estima
que o número de passageiros em rotas internacionais com origem ou destino no
Brasil poderá aumentar 47% após a ratificação do céus abertos. Outro estudo, da
própria American Airlines, prevê que a oferta de assentos entre Brasil e
Estados Unidos aumentará 13% nos cinco anos seguintes à assinatura do acordo.
O
diretor regional de vendas da American Airlines, Dilson Verçosa, diz acreditar
que existe uma “brecha” para o tema voltar a ganhar força. “Já vemos uma
melhora na economia. E o ‘céus abertos’ pode beneficiar bastante a economia,
com aumento de fluxo de passageiros entre os dois países.”
O executivo lembra que, na semana passada, foram aprovados acordos de serviços aéreos entre Brasil e os governos de Cuba, Ucrânia e Índia. “O movimento desses países juntos não chega a 10% do que é o tráfego de passageiros com Estados Unidos. Então achamos que essa é uma oportunidade.”
Contra
O executivo lembra que, na semana passada, foram aprovados acordos de serviços aéreos entre Brasil e os governos de Cuba, Ucrânia e Índia. “O movimento desses países juntos não chega a 10% do que é o tráfego de passageiros com Estados Unidos. Então achamos que essa é uma oportunidade.”
Contra
Entre
as aéreas contrárias ao movimento de abertura aérea entre o Brasil e os Estados
Unidos, a mais vocal tem sido a Azul. “Seríamos favoráveis se tivéssemos as
mesmas regras para os dois lados”, afirma o presidente da Azul, John Rodgerson.
Para
ele, o problema é que pilotos americanos podem voar mais horas do que os
profissionais brasileiros, de modo que as empresas nacionais perderiam
competitividade nas rotas entre as duas nações. “Teríamos que mudar as regras
para jogar com as mesmas ferramentas.”
(Fonte
: Estadão – Ed. Economia & Negócios / Imagem divulgação)
Nenhum comentário:
Postar um comentário