quinta-feira, 21 de junho de 2012

CONFERÊNCIA MUNDIAL DE TURISMO RESPONSÁVEL DISCUTE DESAFIOS DO BRASIL



A Conferência Mundial de Turismo Responsável, que começou nesta segunda-feira (18) em São Paulo, discutiu desafios do Brasil nos próximos anos, quando o país receberá diversos eventos internacionais.
"Nunca vamos ficar satisfeitos, pois embora nos últimos anos a alta gerência de turismo no Brasil teve uma queda, vimos também um considerável aumento na parte de gastronomia e na realização de eventos", disse à agência Efe Mariana Aldrigu, do comitê organizador do evento.
No entanto, a professora da Universidade de São Paulo (USP), sede do encontro, alertou que "faltam mais cursos de capacitação profissional" no setor turístico e que podem ser perdidas "oportunidades pela falta de mobilidade urbana em nossas cidades", apesar do potencial em "hospitalidade e imagem".
A Cúpula Rio+20, que se realiza esta semana no Rio de Janeiro, a Jornada Mundial da Juventude e a Copa das confederações, ambas em 2013, a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, entre outros, colocarão à prova a preparação e os avanços do Brasil para a realização de grandes eventos, segundo especialistas.
Os participantes da Rio+20 ligados a área do turismo fizeram escala em São Paulo para participar do congresso, um dos eventos alternativos à cúpula sobre desenvolvimento sustentável.
O encontro, que promove o conceito de "turismo responsável", que incorpora bases econômicas, sociais e ambientais, está sendo realizada pela primeira vez no Brasil. A conferência surgiu em Leeds, na Inglaterra, por iniciativa de pesquisadores do setor turístico de diferentes universidades do mundo.
A primeira Conferência de Turismo Responsável aconteceu em 2002 em Johanesburgo, na África do Sul, e dez anos depois seus organizadores debatem os avanços e desafios do setor.
Os países do grupo dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), com seu potencial de "turismo exótico", surgem como destinos que incorporam "cada vez mais esse conceito", apontou Aldrigu.
No Brasil, por exemplo, é desenvolvido o turismo de base comunitária e esse foi, de acordo com a especialista, um dos pilares para o crescimento do setor no país e no resto da América Latina.
Segundo o World Travel Tourism Council (WTTC), a América Latina terá um crescimento do turismo de 5,6% nos próximos anos, liderado pelo Brasil, que avançará 7,8%.

(Fonte : EFE)

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