Preocupado em evitar tumultos nos aeroportos durante a Rio+20, o governo está elaborando um plano de contingência que envolve a participação de diversos órgãos públicos. Entre as principais medidas estão o reforço de pessoal da Infraero e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) nos terminais; a reserva de vagas para aviões visitantes, no pátio militar, e de carga, no Galeão e na Base Aérea de Santa Cruz; a restrição de voo em algumas áreas nos dias do evento no Rio; além de providências voltadas para a segurança, como a instalação de um radar de defesa aérea em local estratégico.
Segundo interlocutores, a presidente Dilma Rousseff está muito preocupada em garantir que não haja problema com a infraestrutura aeroportuária durante a conferência (entre os dias 13 e 22 de junho), de olho na Copa de 2014 e nas Olimpíadas de 2016.
A expectativa é de que haja aumento do fluxo de passageiros e das operações nos aeroportos de Brasília, Belo Horizonte, São Paulo e Rio - terminais que serão monitorados mais de perto pela Anac e pela Infraero. Mas nada que supere o movimento do Carnaval ou do Rock in Rio, segundo uma fonte. Por isso, o maior motivo de preocupação são os aviões que vão trazer os visitantes. Já foram confirmadas as presenças de 135 chefes de Estado, incluindo presidentes, vice-presidentes e primeiros-ministros. Ao todo, são esperadas 55 mil pessoas.
O planejamento do evento, em fase final, está sendo monitorado pela própria presidente. Ela quer que a organização seja impecável e que os chefes de Estado não tenham problemas nos aeroportos, principalmente no Galeão. Ou seja, que não fiquem esperando por muito tempo para pousar e decolar. Segundo um interlocutor, Dilma sabe que a imprensa internacional estará presente e quer causar uma boa imagem. A Rio+20 será um teste para os demais eventos que o Brasil vai sediar.
Na segunda-feira, Dilma tratou do assunto numa reunião no Palácio do Planalto, que avançou noite a dentro. Participaram do encontro o ministro da Secretaria de Aviação Civil (SAC), Wagner Bittencourt; o presidente da Infraero, Gustavo do Vale; o presidente da Anac, Marcelo Guaranys, e outras autoridades. Além dos órgãos do setor aéreo, estão participando da força-tarefa o Exército e o Itamaraty, Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e Polícia Federal.
(Fonte : Ag. Globo de Notícias /imagem divulgação)
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