sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

ABRACORP ADERE À COALIZAÇÃO QUE PROMOVE TRANSPARÊNCIA NAS TARIFAS AÉREAS


A Abracorp - Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas anunciou sua adesão à coalização Open Allies for Airfare Transparency, criada no último dia 20 de janeiro nos EUA por mais de 115 empresas e organizações da indústria de viagens corporativas, que juntaram esforços para solicitar que as companhias aéreas compartilhem todas as suas tarifas e informações sobre produtos e serviços fragmentados com os sistemas globais de distribuição (GDS’s) que atualmente utilizam e que não burlem esses sistemas através de novas, não testadas e potencialmente custosas abordagens ou opções do tipo “direct connect”.
No comunicado da Abracorp, essas opções são denominadas “vários bancos de dados menores, administrados pelas próprias empresas de aviação, como era no passado mais remoto”. A entidade considera que a proposta de fragmentar os conteúdos dos GDSs em pequenos bancos de dados independentes, se aceita, significará jogar fora o esforço tecnológico que permitiu a melhoria de qualidade e o crescimento dos serviços de viagens.
Ou seja, a aliança à qual a Abracorp se juntou, sai em defesa dos GDs’s - e se contrapõe à American Airlines, que iniciou a novela ao anunciar aos players da cadeia de distribuição que estará implementando seu canal “direct connect”, único sistema que oferecerá todo seu conteúdo e inventário. A novela teve vários capítulos, alguns ainda em andamento, envolvendo entre outros GDS’s como Travelport e Sabre, além de várias OTA’s - agências de viagens online.
Segundo Francisco Leme, presidente do Conselho de Administração da Abracorp, a fragmentação de conteúdos em bancos independentes, “além de gerar custos para todos os elos da cadeia de negócios, colocaria em risco a própria agilidade dos sistemas, então desconectados, e, pior, a confiabilidade das informações nas operações de reserva e venda de passagens aéreas”.
Francisco Leme continua, dizendo que o problema não é apenas esse. “O que se vê aqui é, também, uma tentativa de frontal desrespeito aos consumidores”. Na opinião da entidade, que representa agências responsáveis por mais de 40% das receitas auferidas pelo segmento de viagens corporativas no Brasil, o modelo de negócio fragmentado, como querem as companhias aéreas, não fere apenas os interesses dos agentes de viagens. “Se adotado, virá tornar menos transparente para o cliente os verdadeiros preços e custos de uma viagem”, insiste.
Devidamente ouvidas, as agências associadas, segundo Leme, consideram que a fragmentação do conteúdo geraria enorme aumento de custos tecnológicos. “Nós estaríamos usando a tecnologia não para promover a produtividade-lucratividade, mas, sim, para fazer remontar o processo de comercialização de passagens aéreas à pré-história”, protesta o presidente da Abracorp, a propósito do tema.
Mais informações sobre a coalização: www.faretransparency.org

(Fonte : Business Travel Magaz.)

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