A ministra chefe da Casa Civil, Gleisi
Hoffmann, negou neste sábado que o governo optará pelo fechamento do aeroporto
do Galeão para voos domésticos durante a Rio + 20, para evitar transtornos na
chegada das delegações estrangeiras. De acordo com a ministra, não existe
hipótese de fechamento dos terminais em qualquer período de realização do
evento, nem mesmo nos horários críticos de embarque e desembarque das delegações
estrangeiras. Segundo fontes, essa alternativa foi discutida em uma reunião da
presidente Dilma Rousseff com dirigentes da Agência Nacional de Aviação Civil e
Infraero. De acordo com a ministra Gleisi, a presidente Dilma Rousseff não fez
qualquer determinação no sentido de bloquear os voos domésticos entre os dias
20 e 23 de junho, de 16h à meia-noite, como revelaram fontes do setor. A chefe
da Casa Civil admitiu, porém, que podem ocorrem atrasos e remanejamentos nos
voos regulares em dois dias críticos: 19 e 22 de junho, quando os chefes de
delegação e mandatários estrangeiros têm chegadas e partidas programadas. O
Palácio do Planalto considera crítico o dia 22, entre 16h e 22 horas, quando
haverá um acúmulo de partidas de aeronaves de presidentes e primeiros-ministros
rumo aos países de origem.
- Não há nenhuma hipótese de fechamento do
aeroporto, em nenhuma circunstância. A presidente Dilma Rousseff não deu
nenhuma orientação nesse sentido. Sabemos, sim, que haverá grande concentração
de voos oficiais, principalmente nos dias 19 e 22. O que pode ocorrer são
cancelamentos, realocação e mudança de horário de voos. Já estamos em contato
com as empresas aéreas para adotar as medidas necessárias para minimizar os
transtornos - disse Gleisi ao GLOBO.
Fontes do setor calculam que se o Galeão
fosse fechado cerca de 100 voos teriam que ser remanejados, com a possibilidade
de prejudicar milhares de passageiros. A chefe da Casa Civil explicou, porém,
que, em caso de saturação do aeroporto internacional, a contingência será o uso
da Base Aérea de Santa Cruz, no Rio, para a operação dos voos oficiais. Segundo
a ministra, a Base já foi preparada para receber voos de delegações
estrangeiras.
Até a primeira semana de junho, o governo
terá em mãos a previsão de horário de chegada dos aviões de chefes de Estado e
de governo. Essa informação é crucial para conhecer o nível de saturação do
Galeão em 19 de junho, quando está prevista a maior parte das chegadas de
delegações estrangeiras. O Planalto avalia que os horários de chegada devem ser
esparsos, diferentemente do dia 22, quando as partidas ficarão concentradas
entre 16h e 22h. O Itamaraty já confirmou a presença de 101 chefes de Estado e
de governo, porém o número de mandatários pode alcançar 120.
- Esse será o dia mais crítico porque o
evento tem conclusão prevista para 18h, 18h30. Ainda assim, acreditamos que os
cancelamentos de trocas de horário de voos serão restritos e pontuais. De toda
a forma, não haverá fechamento do Galeão para a aviação regular. Isso precisa
ficar claro - afirmou Gleisi.
(Fonte : Ag. O Globo)
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