O presidente da Embratur, Flavio Dino, criticou nesta sexta-feira os
valores praticados pelos hoteis no Rio de Janeiro e afirmou que o governo têm
"instrumentos coercitivos" para garantir tarifas menores.
"Não há justificativa, ainda que haja lei da oferta e da procura,
você aumentar a margem de lucro nesta dimensão porque você afeta a imagem do
destino Brasil", afirmou Dino a jornalistas ao chegar para uma reunião
sobre a conferência de meio ambiente Rio+20 no Palácio do Planalto.
"Se você praticar preços exorbitantes, você acaba matando a galinha
dos ovos de ouro", acrescentou.
O presidente da Embratur afirmou que há hoteis "top" em
Londres durante as Olimpíadas, a serem realizadas entre final de julho a meados
de agosto, que cobram tarifas mais baratas do que hoteis do mesmo nível no Rio
durante a conferência Rio+20.
A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável será
realizada em junho na capital fluminense e a escassez da rede hoteleira carioca
tornou praticamente impossível para qualquer pessoa que não seja de uma
delegação oficial se hospedar na cidade durante a conferência.
Isso porque o Itamaraty, responsável pela logística da Rio+20, bloqueou
80 por cento dos quartos.
Na quinta-feira, o ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota,
reconheceu que os elevados preços cobrados pelos hoteis na cidade preocupam o
governo.
Membros da Comissão de Relações Exteriores do Senado aprovaram, também
na quinta, o envio de um ofício ao prefeito do Rio, Eduardo Paes (PMDB), para
que ele negocie a redução das tarifas com a rede hoteleira da cidade ou tente a
aprovação de uma lei na Câmara Municipal que permita à prefeitura pagar parte
dessas despesas.
(Fonte : Reuters)
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