A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac)
apresentou ao mercado proposta que fixa em R$ 7 por passageiro o valor da
tarifa de conexão que começa a ser cobrada a partir do segundo semestre pelos
aeroportos.
A tarifa de conexão foi criada por medida
provisória em novembro. Agora a Anac colocou em audiência pública as normas
para início da cobrança, válida para voos nacionais e internacionais.
A tarifa, que será recolhida pelas companhias
aéreas, será cobrada quando o passageiro desembarcar no aeroporto para retornar
à mesma aeronave ou tomar outro avião para ir a outra cidade. Não haverá taxa
por escala.
A cobrança pelos voos de conexão foi uma
exigência das empresas que estudavam disputar a concessão dos aeroportos de
Cumbica (SP), Viracopos (SP) e Brasília (DF) e está prevista nos editais de
privatização elaborados pela Secretaria de Aviação Civil. É uma nova fonte de
receita para as concessionárias.
Segundo o agência, o valor-teto (que será
cobrado nos principais aeroportos) corresponde a 50,84% da tarifa de embarque
--um pouco abaixo dos 65% cobrados em outros países, como Alemanha, França e
Holanda.
Os preços da conexão caem, de R$ 5,50 para
até R$ 3, de acordo com a categoria dos aeroportos.
Em outubro do ano passado, o ministro Wagner
Bittencourt (Aviação Civil) disse que não haveria impacto nos preços dos
bilhetes aéreos.
O Sindicato Nacional das Empresas Aéreas
(Snea) estima que haja um custo extra de "bilhões" para operadores
nacionais e estrangeiros que dificilmente pode ser absorvido agora. "Criam
uma receita para os aeroportos e deixam os custos para as empresas",
afirmou Ronald Jenkins, diretor técnico do Snea.
(Fonte : Jornal Folha de S.
Paulo)
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