A
presidente da Associação Latino-Americana de Gestores de Eventos e Viagens
Corporativas (Alagev), Vivianne Martins, declarou nesta terça-feira à Agência Efe que 2014 será um ano ruim
para as viagens corporativas no país devido à Copa do Mundo.
"Um
evento como a Copa faz com que os clientes corporativos façam um 'blackout' de
pelo menos 70 dias dentro de suas empresas, fazendo com que o número de viagens
diminua", afirmou.
De acordo
com Vivianne, apesar de um aumento no mercado de eventos corporativos (que
incluem eventos esportivos), fatores como a alta de preços, lotação de hotéis e
a realocação de rotas para atender os espectadores do Mundial têm gerado uma
retração de até 70% no setor durante o período, segundo sondagem feita com os
associados da Alagev.
"Isso
tudo (eventos esportivos) puxa os números um pouco para cima, mas para viagens
corporativas este será um ano em que é preciso focar em outros mercados e fazer
novos planos", analisou.
O mau
período deverá interromper uma sequência de dois bons anos de crescimento, com
movimentação de R$ 36,79 bilhões em 2013 e R$ 32,31 bilhões de 2012 - um
crescimento de 13,83% de um ano para o outro, segundo o IEVC (Indicadores
Econômicos das Viagens Corporativas), calculado pela Alagev junto com o SENAC,
ABRACORP (Associação Brasileira de Agências de Viagens Corporativas) e FOHB
(Fórum de Operadores Hoteleiros do Brasil).
O índice
aponta ainda que o setor de viagens corporativas registrou 351.034 empregos
diretos em 2013, um aumento de 5,42% em relação a 2012.
"O
fato de a gente ter cada vez mais eventos corporativos grandes faz com que
muitos executivos venham para o país fazer visitas, abrir mercado, aumentando o
volume das viagens corporativas", aponta com otimismo Viviânne Martins,
que classifica o atual momento do país como de "brilho".
"Estamos
em pleno desenvolvimento e em plena ascensão de mercado. O Brasil esta
brilhando", comemora.
(Fonte : EFE)
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